AUTISMO — UMA VISÃO ESPÍRITA DE AMOR E COMPREENSÃO

O autismo, dentro da perspectiva espírita, é compreendido como uma experiência reencarnatória que, longe de representar castigo ou punição, é uma oportunidade sagrada de aprendizado, resgate e evolução tanto para o espírito reencarnado quanto para os que o cercam.

AUTISMO — UMA VISÃO ESPÍRITA DE AMOR E COMPREENSÃO

Conforme nos ensina a Doutrina Espírita, cada encarnação é cuidadosamente preparada no mundo espiritual. Espíritos mais necessitados podem aceitar desafios como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) para trabalharem aspectos importantes de sua evolução, como a paciência, a humildade, a sensibilidade e o desapego das convenções sociais. Muitos desses espíritos trazem grande sensibilidade espiritual, mas encontram dificuldades de expressão no plano físico.

No livro "Missionários da Luz", psicografado por Chico Xavier e ditado por André Luiz, é descrita a complexidade e o cuidado envolvidos na reencarnação de espíritos que precisam passar por experiências reparadoras. Embora o termo “autismo” não seja citado diretamente, podemos compreender que certas limitações físicas ou neurológicas são parte de um processo de crescimento que respeita a lei de causa e efeito, mas que sempre está inserido num contexto de amor e misericórdia divinos.

É fundamental lembrar que todo espírito é eterno e tem um potencial infinito de crescimento. O autista é um espírito em jornada, com qualidades, dons e experiências únicas, muitas vezes incompreendidas pelos padrões da sociedade. Seu silêncio pode esconder profundezas espirituais inexploradas, e sua maneira de se expressar pode ser diferente, mas é igualmente válida e rica de significado.

Para os pais, irmãos e familiares, a convivência com uma criança ou adulto autista é igualmente uma missão de amor. É a oportunidade de exercitar a paciência, o acolhimento, o desprendimento e, principalmente, o amor incondicional. Como diz o Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo V, item 18:

“Os sofrimentos da vida são expiações de faltas passadas, e provas que servem ao nosso adiantamento.”

Essa perspectiva convida à empatia e à compreensão, e não ao julgamento. Em vez de perguntar “por que?”, a Doutrina Espírita nos ensina a perguntar: “para quê?”. Qual a finalidade espiritual desta experiência?

Além disso, o espiritismo reconhece que muitos autistas são médiuns em estado latente, com grande sensibilidade energética. Em ambientes fraternos e respeitosos, com vibrações elevadas, eles podem encontrar mais equilíbrio e bem-estar. O lar espírita e o evangelho no lar são recursos valiosos para harmonizar essas vibrações.

Conclusão

Autismo, aos olhos do Espiritismo, é um chamado à evolução — do espírito encarnado e dos que convivem com ele. É uma lição viva sobre inclusão, respeito à diversidade e amor sem condições. Ao acolhermos esses espíritos com carinho e compreensão, caminhamos juntos em direção à luz, amparados pelo amparo invisível dos benfeitores espirituais que nos guiam com sabedoria e amor.