O Evangélho - Capítulo IV - Ninguém poderá ver o Reino de Deus se não nascer de novo
O Capítulo IV trata da reencarnação como princípio fundamental da Doutrina Espírita. A célebre frase de Jesus dirigida a Nicodemos – “Ninguém poderá ver o Reino de Deus se não nascer de novo” – é interpretada como clara referência à necessidade da reencarnação para o progresso espiritual.
Kardec argumenta que só por meio das múltiplas existências a alma pode alcançar a perfeição. A justiça divina se revela na reencarnação, pois ela explica as desigualdades humanas, as aparentes injustiças da vida e o destino das crianças que morrem precocemente.
O capítulo também refuta a ideia de ressurreição no sentido literal, mostrando que o retorno do Espírito à carne não se dá no mesmo corpo, mas sim por meio de nova existência corporal, respeitando a lei do progresso e da evolução da alma.
Além disso, os Espíritos superiores esclarecem que a reencarnação é instrumento de misericórdia e aprendizado, permitindo ao Espírito reparar erros, desenvolver virtudes e aprender com as experiências da vida material.
A reencarnação é uma lei natural que expressa a justiça e o amor de Deus. Sem ela, não se pode compreender a evolução do Espírito nem a verdadeira vida espiritual. Nascer de novo é, portanto, uma bênção e uma necessidade para alcançar o Reino de Deus.